Campos Missionários

DESAFIOS DA SAÚDE INDÍGENA

Desafios da saúde indígena

A Missão Caiuá tem várias frentes de trabalho com a comunidade indígena, não apenas no Mato Grosso do Sul, mas também em outros estados brasileiros como Roraima e Amazonas. Tem sua sede é em Dourados, MS, onde concentra sua gestão nacional e onde tem uma história de 92 anos de trabalhos com os povos indígenas do Mato Grosso do Sul.

Na área da saúde, a Missão trabalha em duas frentes importantes: saúde primária e saúde secundária.

Convênios com a SESAI

A primeira frente de trabalho da Missão são os convênios para atendimento à saúde básica, que são os atendimentos primários em postos de saúde dentro das aldeias, em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), com responsabilidades distintas.

Nessa área de atendimento, a Missão trabalha junto ao Ministério da Saúde deste 1999. São 21 de trabalho. Hoje, a Missão detém 9 convênios com a SESAI, que atendem a 9 dos 34 Distritos da Saúde indígena. São eles: Alto Rio Purus, AM; Alto Rio Solimões, AM; Vale do Javari, AM; Manaus, AM; Médio Rio Purus, AM; Médio Rio Solimões e Afluentes, AM; Mato Grosso do Sul, MS; Parintins, AM; e Yanomami, RR. Esses convênios atendem uma população de 274.948 indígenas, numa vasta região de aldeias e floresta tropical, em muitos casos onde o acesso se dá somente por rios ou por via aérea, numa abrangência de 1.465.776,28 km2.

A Missão, mediante plano de trabalho aprovado na SESAI, com recursos do Ministério da Saúde, realiza as ações complementares, com equipe de funcionários na área de saúde, assistência social, agentes comunitários, administrativo, engenheiros, antropólogos, etc., somando um total de 4.584 colaboradores no atendimento básico dentro das aldeias.

A SESAI, MS, é a responsável direta por toda a saúde indígena, incluindo logística de locomoção dos funcionários, fornecimento de medicamentos, insumos e a manutenção e reforma dos postos de saúde.

Hospital Porta da Esperança

Junto à sede da Missão Caiuá em Dourados, anexo à aldeia Jaguapiru, fica a segunda frente de trabalho da Missão em saúde indígena, que é o Hospital Porta da Esperança, com quase 60 anos de atividades, que atende as aldeias de Dourados e pacientes vindos de outras aldeias do Mato Grosso do Sul.

O hospital trabalha com 100% de seus atendimentos pelo SUS e, preferencialmente, com a comunidade indígena, uma vez que também atende a outros pacientes que procuram o hospital.

Os recursos para o hospital são totalmente separados dos recursos acima, e são provenientes do Governo Federal, Estadual e Municipal.

A Missão Caiuá tem lutado junto aos órgãos governamentais para aumentar os recursos, para um melhor atendimento aos indígenas, pois os valores atuais não são suficientes para a manutenção do hospital. As igrejas mantenedoras e as doações voluntárias têm ajudado o hospital a se manter de pé.

O Hospital Porta da Esperança integra o programa do governo para o atendimento da COVID-19, nas aldeias de Dourados e separou um anexo de seu prédio, com 20 leitos, para internações clínicas.

A empresa JBS, a quem a Missão agradece, doou EPI´s, alimentação, medicamentos e mobiliários hospitalares para o enfrentamento da COVID-19, mediante acordo entre o Ministério Público do Trabalho e a Prefeitura de Dourados, que está ajudando a garantir o atendimento. O hospital tem recebido ajudas das igrejas mantenedoras, igrejas locais, e das entidades: Unigran, UEMS, Hospital Evangélico, Mesa Brasil, Cantina Mato Grosso, Marta Campos e outras entidades. Foram doados materiais como máscaras, EPIs, alimentação, roupas, etc.

Finalmente, a Missão Evangélica Caiuá segue em perfeita ordem nos seus trabalhos de assistência à saúde indígena, os quais foram iniciados por missionários em 1928. A Missão é incansável neste desafio de ter que trabalhar com uma mão e se defender com a outra. Reconhece que trabalha em campos árduos, mas jamais fugirá de sua missão e responsabilidade.

Além da área da saúde, a Missão tem outras frentes de trabalho nas aldeias, tais como escolas, ação social permanente e a tarefa de levar a Palavra de Deus a todos os povos, e continua a sua parceria e o respeito tanto junto à comunidade indígena e suas demandas como aos governos federal, estadual e municipal, no intuito de dar um atendimento humano e eficaz à população indígena em nossa vasta terra brasileira, e sempre dentro de seu lema: “A serviço do índio, para a glória de Deus”.

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