UNIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO DE TUPÃ
A Unidade Prestadora de Serviços (UPS) da Associação Bethel no município de Tupã, SP, nasceu em meio a uma necessidade do atendimento às medidas socioeducativas em Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à comunidade direcionadas a adolescentes infratores entre 12 e 18 anos. No ano de 2002, sob a direção do Rev. Agnaldo Pereira Gomes, pastor da igreja local, foi fundada essa unidade da Associação Bethel.
A Bethel de Tupã foi batizada com o nome de “Projeto Casa da Liberdade”. Depois de formalizado todo o trâmite legal, iniciou-se um trabalho complexo, mas que traz grande relevância para a sociedade.
Nesse período, a Associação Bethel de Tupã foi conveniada com a extinta FEBEM (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor de São Paulo) e o recurso financeiro para subsidiar a unidade era provido pelo Governo do Estado e pelo município de Tupã. Havia ainda outras formas de captar recursos como: bazar, ações beneficentes, Amigos de Bethel e a Semana da Solidariedade, uma feira de comidas variadas que acontecia anualmente.
Até o ano de 2009, a Bethel de Tupã atendeu adolescentes de Tupã e das cidades vizinhas, como Bastos, Rinópolis, Iacri e Herculândia.
Por um período, a unidade fixou um posto de atendimento na cidade de Bastos. Era um tempo onde a demanda ultrapassava 100 adolescentes.
Em 2009, os atendimentos se tornaram restritos ao município de Tupã.
Adolescente infrator é o indivíduo que pratica alguma forma de delito (furto, roubo, tráfico, dano ao patrimônio privado ou público). Quando esse adolescente é enquadrado pela justiça, gera-se um processo judicial. Quem determina a sanção aplicável é o Juiz da Infância e Juventude. Há alternativas que variam desde uma advertência à internação na Fundação Casa, dependendo da gravidade do ato praticado.
O que move a nossa paixão pelo que fazemos é a expectativa de ajudar vidas a deixarem para trás um passado carregado terrível e a sonharem com um futuro promissor, longe da criminalidade e das drogas. É uma batalha sem fim, com derrotas, mas também com vitórias.
A recompensa é olhar para meninos e meninas que passaram pela entidade e hoje são adultos responsáveis, trabalhadores, pais e mães de família. Adolescentes que chegaram sem sequer possuir um documento de identidade, saíram com carteira de trabalho assinada.
Hoje, a unidade conta com uma assistente social, uma psicóloga e um coordenador. Há o atendimento em média de 45 adolescentes. Há ainda uma diretora administrativa e um diretor financeiro, todos membros da IPI de Tupã.
Com a chegada da pandemia, novos desafios foram impostos ao trabalho da entidade, e novas ações foram tomadas no sentido de proteger a equipe bem como os adolescentes e seus familiares.
Ainda assim, essa organização continua assistindo todos os seus atendidos e desenvolvendo seu trabalho, com visitas domiciliares, distribuição de kits de proteção aos adolescentes e familiares, e entrega de cestas básicas para os mais necessitados.