LIGA DA JUSTIÇA: A VERSÃO FINAL E SEM CORTES
Novembro de 2017. Uma legião de fãs estava no hype para o lançamento de um dos filmes mais sonhados e aguardados pelos adeptos da cultura geek, especificamente aqueles que amam histórias em quadrinhos: “Liga da Justiça”.
Ao som de “Come Together”, canção icônicados Beatles, os fãs da DC podiam vislumbrar no trailer, um encontro épico envolvendo os principais nomes da editora norte-americana: Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Aquaman, Cyborg e Superman.
As cenas, recheadas de ação e efeitos especiais, empolgaram pessoas de diferentes gerações; desde crianças e adolescentes a adultos e idosos, que conheciam e acompanhavam a equipe de super-heróis há muito tempo.
Infelizmente, porém, o resultado nas telonas foi decepcionante e completamente abaixo da expectativa dos fãs. Muitas pessoas saíram do cinema frustradas por assistirem a um filme cheio de furos, com um roteiro fraco e um vilão completamente sem graça. Além disso, alguns efeitos especiais realmente deixaram a desejar, prejudicando muito a experiência da plateia.
Há uma explicação para este fiasco: o diretor escolhido inicialmente para liderar esta ousada produção, Zack Snyder (“300, Watchmen”), precisou afastar-se do projeto devido a uma tragédia familiar.
Assim, a produtora definiu um novo diretor, o qual precisou reescrever o roteiro, regravar inúmeras cenas e tentar trocar o tom sombrio e maduro de Snyder por algo mais colorido e divertido, visando competir com a consolidada concorrente Marvel.
Porém, praticamente 4 anos após o fracasso de “Liga da Justiça” nos cinemas, eis que surge uma esperança para os fãs. Após muita insistência do público, a produtora resolveu lançar, via streaming, o projeto original do diretor, intitulado como “Snyder Cut”.
Poderia, assim, existir redenção para a equipe de super-heróis da DC no universo cinematográfico?
Sim! Com aproximadamente 4 horas de duração, o filme pode ser considerado a concretização da expectativa dos fãs.
A partir de um enredo coerente, um bom tempo de tela para cada personagem, um vilão mais complexo e diálogos mais profundos, o filme agradou grande parte do público.
Os efeitos especiais não deixam a desejar e os fãs da DC identificaram inúmeras referências importantes dos quadrinhos.
Finalmente, é possível vislumbrar o desejo inicial do diretor, o qual deixa a sua marca em cada detalhe da obra, apresentando a versão ideal da adaptação destes heróis tão queridos aos cinemas.
Observando este caso e me recordando da frase proferida pelo pregador inglês, C. H. Spurgeon:
“Para uma pessoa que vive para Deus, nada é secular, tudo é sagrado”, inevitavelmente, medito a respeito do Evangelho de Cristo Jesus.
O apóstolo Paulo destaca a diferença avassaladora entre o pecado da humanidade e a obra de Deus: “Há uma grande diferença entre o pecado de Adão e a dádiva de Deus. Pois o pecado de um único homem trouxe morte para muitos. Ainda maior, porém, é a graça de Deus e sua dádiva que veio sobre muitos por meio de um único homem, Jesus Cristo. E o resultado da dádiva de Deus é bem diferente do resultado do pecado de um único homem, pois enquanto o pecado de Adão levou à condenação, a dádiva de Deus nos possibilita ser declarados justos diante dele, apesar de nossos muitos pecados” (Rm 5.15-16).
Como bem sabemos, o pecado afastou o ser humano do “plano ideal” criado por Deus. Nossa humanidade foi corrompida, distorcida e fragmentada, gerando inúmeros problemas em nossa existência.
Todavia, em Jesus, aprendemos o que, de fato, significa ser humano. Afinal, ele amou, serviu, obedeceu, perdoou e entregou-se perfeitamente. E o grande “plot twist” desta trama é que, ao nascermos novamente, Jesus possibilita que experimentemos o “roteiro ideal”, compartilhando sua vida conosco e trazendo redenção para a nossa história, a qual desfrutaremos plenamente na eternidade.
Jesus Cristo é a versão final e sem cortes do Diretor!
Rev. Marcelo Nogueira
Pastor auxiliar da IPI Centrfal de Brasília, DF