Entrevista

O QUE OS JOVENS SONHAM PARA A IPIB

A igreja que deseja mudar a realidade precisa trabalhar com seriedade. Necessita assumir novos desafios para seguir respondendo ao chamado de Deus com uma esperança renovada para cumprir a missão de fazer discípulos para Jesus. “Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, na prática, na fé, na pureza e no amor” (1Tm 4.12). Esse versículo já foi e deve ser moto de muitas coordenadorias de jovens da IPIB.

Nesta entrevista conversamos com o atual Coordenador da Coordenadoria Nacional da UMPI (CNU), Luís Felipe Lazaro Garcia que é formado em engenharia de produção e atua como diretor de vendas na área de tecnologia. Tem 28 anos, é membro da 1ª IPI de Curitiba, PR, há 4 anos. Felipe vem de família cristã. Seu pai é o Rev. Sidnei Toledo Garcia, pastor da IPIB há mais de 25 anos; sua mãe, Rosemeire Cristina Lázaro Garcia, e seus dois irmãos, Paulo e Andrei. Na 1ª IPI de São José do Rio Preto, SP, Felipe auxiliou a liderança dos jovens, foi coordenador da UMPI regional por 4 anos e assessor nas duas gestões anteriores da CNU.

O coordenador fala dos planos para a coordenadoria e sobre como se prepara para servir de inspiração, de como tem auxiliado a igreja neste “novo” momento, sempre com foco na preparação e treinamento de novos líderes que conduzam outros ao trabalho no Reino de Deus. Esse é o melhor presente que a igreja pode ganhar: uma liderança jovem, apaixonada, com vontade de servir e cheia de sonhos.

O Estandarte: Como foi o primeiro semestre da Coordenadoria Nacional da UMPI?

Luís Felipe: Nosso primeiro semestre foi de muito aprendizado e pesquisas. Não imaginava o que íamos passar com essa pandemia, porém já tínhamos pensado e Deus tinha colocado para nós nessa gestão o desenvolvimento de um trabalho mais digital.

O Estandarte: Quais são os projetos em andamento e as principais metas?

Luís Felipe: Nossa principal meta é conectar com os líderes e jovens/adolescentes (UMPI e GTI). Temos alguns projetos de podcasts, lives, treinamentos de líderes, missionário, eventos locais/regionais/nacionais.

O Estandarte: Recentemente, houve uma grande movimentação da UMPI a partir dos encontros de Oxigênio e Nitro. Qual a sua constatação sobre a juventude hoje nas igrejas?

Luís Felipe: Temos regiões e realidades muito diferentes. Há região onde não existem jovens, apenas adolescentes; outras que têm os dois e trabalhos distintos. Estamos em contato com mais de 25 coordenadores regionais da UMPI, que estão nos ajudando com esses cenários. Daí, sim, teremos uma visão real de como estamos. Tenho para mim que há uma desconexão com eles e as igrejas locais também não estão sabendo lidar com esse afastamento. Deus está colocando no nosso coração (CNU) algumas formas de impactá-los e comunicar com eles novamente.

O Estandarte: Quais as principais dificuldades enfrentadas pela diretoria da CNU para o avanço do trabalho com a mocidade? As coordenadorias regionais relatam dificuldades?

Luís Felipe: A principal dificuldade é encontrar os líderes e conseguir fazer o primeiro contato. Todas as coordenadorias têm algumas dificuldades, porém algumas bem diferentes.


Falar bonito move multidão, porém só o exemplo transforma vidas.


O Estandarte: No dia 31 de julho a IPIB completa 117 anos. O que os jovens sonham para a IPIB?

Luís Felipe: Nós sonhamos com a “igrejinha dos milagres”, com os ministérios trabalhando juntos (CNA/CNU/GTI/MISSÕES…) com as informações fluindo facilmente. E sonhamos em sermos conhecidos pelo que fazemos e somos, e não por nosso tamanho e quantidade.

O Estandarte: As organizações que não se abrem para o “novo”, que são fechadas às mudanças, normalmente, estão fadadas à estagnação. E, quanto às igrejas, o que você pensa?

Luís Felipe: Eu penso que as igrejas entenderam nessa pandemia que igreja são pessoas e não templo, que são pessoas e não estrutura, que são pessoas e não aparência… Não podemos deixar de usar a tecnologia para abençoar vidas e conectar com pessoas. Existem “N” casos de alguém não conseguir congregar ou ir ao culto. Temos que entender o novo e nos adaptar.

O Estandarte: Como a CNU sonha em contribuir para o “novo” na IPIB?

Luís Felipe: Nós estamos auxiliando o time de comunicação da Igreja Nacional. Como falei no começo, acreditamos demais no digital. Deus falou muito conosco, com a CNU e com o GTI, e então começamos a montar um grupo no WhatsApp e, hoje, temos mais de 30 pessoas que doam seus talentos em comunicação. Dessa forma, conseguimos auxiliar todos os ministérios e ajudar a montar cursos e dicas para todas as nossas igrejas.


O Estandarte: O jovem gosta de estar em grupo. A CNU tem planos para encontros nacionais em 2021?

Luís Felipe: Temos, sim, porém serão encontros regionais e, também, nacional. Precisamos do engajamento da nossa juventude nacionalmente.

O Estandarte: “Lidere pelo exemplo” – Diante desta frase como você se prepara para liderar a CNU? Compartilhe um pouco da sua vida.
Luís Felipe: Falo sempre isso no meu trabalho e na igreja. Sou diretor nacional de vendas em um grupo de empresas de tecnologia. Sou líder nacional da juventude mais linda desse mundo. Meu exemplo maior é Jesus. Eu olho para ele e sigo a ele. Jesus estava sempre no meio de todos, não fazia distinção entre as pessoas, amava e respeitava a todos, era amável, as pessoas o seguiam pelo que ele era e falava. “Falar bonito move multidão, porém só o exemplo transforma vidas.” Sejamos a luz do mundo, porém não a luz de um holofote que espanta as pessoas, mas a luz dos fogos de artifício e das decorações natalinas que emocionam a todos que estão por perto. Sejamos sal, mas não o sal que estraga a comida e, sim, aquele que realça o melhor sabor da comida.

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