COMUNHÃO MUNDIAL DE IGREJAS REFORMADAS
No ano de 1875, foi criada a Aliança de Igrejas Reformadas por um grupo de líderes reformados que se reuniram em Londres.
Em 1970, a Aliança, na sua Assembleia Geral, em Nairobi, uniu-se ao Conselho Internacional das Igrejas Congregacionais, sendo chamada deste então de Aliança Mundial de Igrejas Reformadas (presbiterianas e congregacionais).
Em 2010, em Grand Rapids, a Aliança uniu-se ao Conselho Reformado Ecumênico, passando a denominar-se Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR).
Fazem parte da família reformada que compõem a CMIR igrejas oriundas dos reformadores João Calvino, João Knox, Ulrico Zuínglio e dos pré-reformadores: João Huss e Pedro Valdo. A CMIR representa atualmente 100 milhões de cristãos, com mais de 235 igrejas filiadas, distribuídas em mais de 100 países. É a mais antiga organização das famílias protestantes.
Poucos anos após a 2ª Guerra Mundial, em 1948, o escritório da CMIR foi aberto em Genebra, berço da reforma calvinista, onde permaneceu por 65 anos. Devido aos altos custos financeiros para manter a organização na Suíça, depois de muito estudo, discernimento e oração, o escritório foi relocado, no dia 12/1/2014, para Hannover, Alemanha, no Centro Calvinista, onde também está o escritório da Igreja Evangélica Reformada Alemã. Esta mudança foi fundamental para o equilíbrio financeiro da CMIR.
Além do escritório em Hannover, a CMIR mantém conselhos de áreas, assim distribuídos: África, Ásia, Europa, Oriente Médio, América do Norte e Caribe, Pacífico e a Aliança de Igrejas Presbiterianas e Reformadas da América Latina (AIPRAL).
A Comunhão Mundial tem como chamado principal a vida em comunhão da família reformada e está profundamente comprometida com a justiça: “Chamados para a Comunhão – Comprometidos com a Justiça”.
Cativa à Palavra de Deus e ao chamado do Espírito Santo, a CMIR busca ser uma expressão viva da “unidade no Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4.3) e está em contínua transformação, zelando para que a participação do povo de Deus seja plena e justa para todos. Por isso, nas assembleias e em todos os seus eventos, as igrejas enviam seus delegados escolhidos entre ordenados, leigos e jovens, sempre respeitando que a escolha deve ser em número igual de mulheres e homens.
Servindo suas igrejas membros, sem interferir nas suas questões internas, e reconhecendo que vivemos num mundo amado por Deus, mas que se encontra enredado por múltiplas injustiças, ferido e rodeado de morte, como quem caiu nas mãos de ladrões, a CMIR inspira a igrejas para trabalharem na transformação do mundo, na renovação e na restauração da economia e da natureza, para que toda a humanidade e toda a criação possam viver uma vida em abundância (Dt 30.19 e Jo 10.10).
Há três documentos basilares para a CMIR que devem ser estudados:
- a Declaração de Barmen;
- a Confissão de fé de Belhar;
- a Confissão de fé de Accra.
Uma peculiaridade interessante da CMIR, que também já é usada em outros concílios, é que no processo de tomar decisões, quase que na sua totalidade, utiliza-se uma metodologia chamada de tomada de decisão por consenso e não mais o antigo sistema, que ainda usamos, que é a discussão e a votação de todas as matérias em plenário.
A presidente da CMIR é a Reva. Najla Kassab, do Sínodo Nacional Evangélico da Síria e Líbano, e o secretário geral é o Rev. Dr. Chris Ferguson, da Igreja Unida do Canadá. Do Brasil, fazem parte do Comitê Executivo: Rev. Clayton Leal da Silva, da IPIB; Raissa Viera Brasil, da IPU, vice-presidente representando os jovens; e o Rev. Agnaldo Pereira Gomes, da IPIB e presidente da AIPRAL.
Mais informações sobre a CMIR no site http://wcrc.ch/ e da AIPRAL no site https://aipral.net/pt/home-pt
Rev. Clayton Leal da Silva
Pastor da IPI de Botucatu, SP
Assessor de Relações Internacionais da IPIB