COMPORTAMENTO DE CRISTÃOS NAS REDES SOCIAIS EM TEMPOS DE COVID-19
A popularização da Internet (que ocorreu entre os anos 90 e 2000) permitiu que a forma como que as pessoas se relacionam passasse a mudar.
Hoje, cerca de 103 milhões de brasileiros estão ativos nas redes sociais, sendo mais de 88 milhões dos acessos realizados por meio de aplicativos em dispositivos móveis como smartphones e tablets.
Evidentemente, nesses tempos de Covid-19, que gerou a necessidade do isolamento social, o número de usuários das redes sociais deve ter aumentado exponencialmente.
Desta forma, a Comissão Executiva da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (COMEX-AG) faz algumas recomendações aos pastores, pastoras, missionários e missionárias, oficiais, líderes e para todos os membros. São elas:
Moderação
Os especialistas em saúde mental afirmam que, neste momento de pandemia, o uso excessivo das redes sociais pode ser angustiante.
É preciso ter cuidado e medir o tempo para não fazer uso das mídias de forma obsessiva, com o consumo exagerado de conteúdo informativo, mas também de “fake news” que propagam o pânico.
A psicóloga Renata Mafra recomenda, como estratégia para o equilíbrio psicológico, a escolha de uma fonte de informação que seja segura e um horário limitado do dia para ser dedicado às notícias focadas na epidemia.
Nesses dias de reclusão, é preciso observar também os relacionamentos.
Conversas pessimistas, que provocam sentimentos depressivos, não são as melhores escolhas neste momento.
Bom senso
Engana-se quem pensa que o mundo virtual é livre de leis e de regras. Desde 2014, o espaço cibernético é regido pelo Marco Civil da Internet, que determina os direitos e deveres do internauta. A legislação prevê, ainda, punições a quem comete crimes virtuais, com o amparo do Código Penal e do Código Civil.
As pessoas, por vezes, fazem suas postagens de forma irrefletida, compartilham “fake News”, sem se darem conta de que podem estar cometendo ilícitos.
Neste caso, o bom senso e a reflexão devem ocupar a mente daqueles que costumam realizar postagens de forma rotineira.
Respeito
Há uma clássica frase do filósofo Voltaire que diz: “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”.
Por vezes, pessoas que se dizem cristãs se transformam em verdadeiras tiranas para refutarem, de forma agressiva e desleal, argumentos que são contrários aos seus nas redes sociais.
Não podemos nos esquecer dos ensinamentos de Paulo em sua Carta aos Romanos: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros; abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis; sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vossos olhos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm12.10, 14, 16-18).
Lembrem-se que, acima de partidos e ideologias, entre nós cristãos deve prevalecer o princípio da unidade, tão desejada por Cristo Jesus para a família da fé, expressa na oração sacerdotal de João 17.
Como uma alternativa para os irmãos e para as irmãs se afastarem um pouco das redes sociais, a IPIB disponibiliza em seu site (www.ipib.org.) bons materiais para reflexão, além de links para cultos on line, vídeos com mensagens edificantes de pastores e pastoras e até mesmo o nosso jornal O Estandarte e, em breve, a próxima edição da revista Vida e Caminho.
Além disto, o Movimento Nacional de Oração tem convocado todo o arraial presbiteriano independente, nesse tempo de pandemia do Covid-19, para a oração do meio dia.
Encerramos com a palavra de Paulo aos coríntios:
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Co 10.23).
Rev. João Luiz Furtado
Presidente da Assembleia Geral da IPIB