NOTA DE FALECIMENTO – Junho/2020
Sua mãe, Cecília, queria que ela se chamasse Santa em homenagem a uma prima, mas o pai, João, a registrou como Maria José. Todavia, ela sempre foi conhecida como Santa, Dª Santa e Santinha. Nasceu em Nova Rezende, MG, em 5/5/1924, foi batizada, fez a profissão de fé e casou-se com o Rev. Luthero Cintra Damião, na IPI da mesma cidade, em 15/10/1943, onde residiram até 1944. De 1945 a 1966, moraram em Muzambinho onde papai assumiu o pastorado da IPI tanto nesta cidade como em muitas outras na redondeza. Lá nasceram os filhos: Mércia Cecília (falecida da infância), Mércia Maria, Maria Josefina, Paulo e Rute.
De 1967 a 5/4/2020, viveu em Presidente Prudente, SP, onde papai foi pastor da IPI Central e de outras na região, até seu falecimento em 31/10/1995, como pastor jubilado e emérito. Foram 95 anos e 11 meses de vida, com marcas indeléveis e inesquecíveis na família e na igreja. Teve 9 netos e 8 bisnetos. Seu sorriso era marca natural. Na mensagem das Bodas de Ouro dos meus pais, eu defini meu pai como sistemático e minha mãe como “sem lenço e sem documento”. Levou a vida numa boa. Um dos dons do Espírito que possuía e praticou foi o da hospitalidade. Bom contralto, cantou nos corais e madrigais da igreja, e fez da vida um hino de louvor a Deus. Gostava de viajar. Dizíamos que ela tinha “rodinha nos pés”.
Conheceu boa parte do Brasil e visitou Egito, Israel, Inglaterra, Escócia e Estados Unidos. Tinha um grupo de amigas e de oração. Foi diaconisa emérita da IPI Central de Presidente Prudente e grande intercessora. Fidelidade nos dízimos e ofertas foi outra marca do seu caráter cristão. Sua maior preocupação quando lhe entregava o dinheiro da pensão do INSS era separar o dízimo. Foi internada no dia 25/2/2020 para tratar de uma infecção urinária e, mesmo com todo o conforto e carinho que pudemos dar, com os medicamentos e cuidados médicos, foi-se apagando e descansou no domingo, 5/4.
Seu prazer era estar reunida com o povo de Deus, na igreja, para cultuar ao Senhor. Naquele domingo, Ele a chamou para cultuá-lo por toda a eternidade. Seu sepultamento foi restrito, devido à pandemia do coronavírus, mas, assim que for possível, prestaremos um culto de gratidão a Deus pela sua vida, pois muitos desejaram se manifestar, nos consolar e apoiar presencialmente, mas não puderam.
Um trio de músicos amigos esteve no cemitério tocando hinos e com toda convicção e emoção cantamos “Porque Ele vive, posso crer no amanhã!”. Ao som da música “O Silêncio”, seu corpo desceu à sepultara, de onde aguardará o dia da ressurreição. Pela Palavra, todos os que creem em Jesus são chamados de santos (e ela foi torcedora do Santos Futebol Clube), mas não na perspectiva que se tornam mediadores entre nós e Deus, como crê outro ramo do cristianismo. Por isso, desde 5/4, há uma “Santa Protestante no Céu!”
Rev. Paulo de Melo Cintra Damião
filho e Pastor jubilado da IPIB