Vida Prática

FEMINICÍDIO: UM ATO CORRIQUEIRO EM NOSSOS DIAS

Todos os dias nos deparamos com a triste notícia de que a esposa, namorada ou simplesmente mulher é vítima da violência. Isso nos leva a uma reflexão profunda do que podemos fazer para que esta situação seja mudada.

Em pesquisa recém feita, dados de um levantamento inédito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública informam que quatro mulheres por dia são vítimas de feminicídio.

Como Igreja de Cristo ou simplesmente como cidadãos que não concordam com tais atos, temos um grande desafio para mudar esta realidade.

A Palavra de Deus nos ensina que devemos amar nossas mulheres como Cristo amou a sua igreja. No entanto, para muitos, soa bem aos ouvidos somente a primeira parte do versículo que diz respeito à submissão da mulher ao marido.

Amar como Cristo amou é muito mais que a submissão. Cristo se despojou de tudo e deu sua vida por amor a nós.

Desta forma, os maridos também devem estar dispostos a dar a sua vida por suas mulheres, e não tirar as suas vidas.

O amor de Cristo ensina que não deve haver violência, mas, sim, o amor, a fraternidade, a amizade e tudo que for bom e agradável para imperar a felicidade.

É necessário começar uma mudança dentro das nossas igrejas.

A Igreja de Cristo não tem de ser o sal da terra e a luz do mundo? Qual é o nosso posicionamento em relação a estes acontecimentos? Estamos ensinando nossos filhos a serem homens que respeitem as mulheres? Estamos dando espaço para elas dentro das nossas igrejas? Estamos ouvindo os seus lamentos e aflições? Estamos encorajando-as a se libertarem do sofrimento?

Sim, temos que orar por nossas mulheres e Deus pode transformar vidas, mas não podemos só orar. Temos de saber a hora de agir para que não tenhamos em nossas almas a dor de ter mais mulheres mortas por falta de orientação e apoio. 

E, ainda, devemos colocar em prática aquilo que acreditamos.

Nossas igrejas estão muito quietas com relação a este tema. Na teoria, sabemos o que fazer. Jesus nos ensina que não é pela violência que seremos ouvidos, mas pelo amor que devemos exalar ao nosso próximo, ao nosso irmão e irmã, e a todos aqueles que necessitam ser alcançados pela graça de Cristo Jesus.

Presb. Márcio Henrique da Silva
Membro da IPI Batel, em Antonina, PR

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