Ministério da Missão

NOVO FÔLEGO

Em março de 2020, foi declarado estado de pandemia em nosso país. Como esquecer esse tempo tão difícil que gerou um estado de apreensão, agravado por uma ansiedade dominante por causa de fakes news (notícias falsas) espalhadas? Notícias chocantes como o aumento de morte em Manaus por falta de oxigênio; a falta de ar causada pelo vírus; a necessidade de intubação de muitas pessoas doentes.

Tudo isso nos fez lembrar de um dos ingredientes mais necessários e “simples” à vida: oxigênio! Tão simples que nós nem pensamos em sua importância, uma vez que respiramos de forma instintiva, inconsciente e gratuita!

O texto“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Gn 2.7), narra Deus nos “entubando” com seu próprio sopro, seu fôlego, nos tornando alma vivente.  

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a ideia de sopro de Deus tem a ver com o seu próprio Espírito, sendo derramado e trazendo novo fôlego aos que recebem.

Em Atos 1. 8, lemos “recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”.

Recebereis poder para é uma promessa poderosa. O próprio Jesus, ressurreto em pleno poder, é quem a faz.

Por estarmos no mundo, esta dádiva de um poder sobrenatural, vindo não das fontes de energia da terra, mas do próprio Deus, o Todo-Poderoso, dá aos discípulos de Jesus, de ontem e de hoje, poder para testemunhar a respeito do amor e vida que há em Jesus Cristo.

No Antigo Testamento, a profecia de Joel 2.28 e 29, prometia que Deus derramaria seu Espírito sobre as pessoas e o texto de Atos 2.4 afirma que “todos ficaram cheios do Espírito Santo”. E, nos versos 16 e 17, Pedro afirma que estava se cumprindo a profecia de Joel.  

Quando Espírito do Senhor é derramado sobre a igreja, somos tomados por um novo fôlego de vida! O movimento do Espírito Santo é poderoso e forte, mas pode se manifestar de um modo silencioso e poderoso, mudando as estruturas de uma sociedade:

  • 1) Através do crescimento da Palavra de Deus, por meio da exposição e da vivência da Palavra não como lei para um objetivo, mas como lei para uma vida transformada;
  • 2) Pela multiplicação de discípulos, através de pessoas que compreendem a Palavra, se convertem, e que precisam ser encaminhadas nos passos de Jesus por outros discípulos;
  • 3) Na revitalização de igrejas que têm sua base na multiplicação da Palavra de Deus e de discípulos.

Servir o Reino na missão é encontrar o caminho do amor, como nos ensina o apóstolo Paulo: “Eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente” (1Co 12.31).O caminho do amor não como um sentimento que depende do meu estado emocional, não se eu me simpatizo com alguém. Ao contrário, o caminho do amor como uma decisão da vontade de amar.

C. S. Lewis em seu livro “Cristianismo puro e simples”, escrevendo sobre a caridade, afirma: “Não perca seu tempo se preocupando se você ‘ama’ seu vizinho: aja como se o amasse. (…) Quando você começa a se comportar como se amasse alguém, vai acabar amando mesmo” (p.177).

Como Igreja de Cristo, somos enviados a servir o Reino na missão de enxergar a graça em meio à desgraça. Se, por um lado, estamos cercados de sofrimento, dor, desânimo, por outro, jamais podemos nos esquecer que somos motivados pelo próprio Deus, que sopra sobre nós o folego de vida, e nos chama a uma grande responsabilidade de levar oxigênio a um mundo que está entubado e anestesiado pelos poderes e sedução deste mundo.

Como IPI do Brasil, precisamos soprar sobre nossa igreja, cidade, país, o amor de Cristo, para que em tempos de crise a nossa igreja se torne mais viva e que suas cores se destaquem em meio ao mundo sem cores de esperança.

Que o Espírito Santo, derramado sobre nós, nos encoraje a continuarmos servindo ao Reino em missão!

Rev. Jaqueline Paes
Pastora da 2a. IPI de Limeira, SP
Ministra da Missão da IPIB

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