UM REBELDE CONTRA O IMPÉRIO
No dia 12/8/1859, um jovem missionário chegou ao Brasil vindo dos EUA. Era o Rev. Ashbel Green Simonton. Veio com a missão de proclamar o evangelho aos brasileiros.
Sabia que tinha diante de si o problema o político-religioso. Nosso governo era imperial. A constituição, imposta por Pedro I em 1824, estabelecia que o Brasil era um Império Católico Apostólico Romano.
É claro que, interessado em estabelecer comércio com países não católicos, o país recebia estrangeiros protestantes (principalmente ingleses e norte-americanos).
O governo imperial permitia que realizassem seus cultos e até tivessem seus templos, desde que não tivessem templos com aparência exterior de templo e desde que não pregassem o evangelho aos brasileiros.
No Rio de Janeiro, já atuava um missionário congregacional, o Rev. Robert Kalley. Chegara em 1855. Tinha sofrido perseguição na Ilha da Madeira. Seu trabalho era muito cuidadoso. Pregava o evangelho discretamente para evitar outra perseguição.
Nesse contexto, no dia 29/8/1859, 17 dias depois de desembarcar, Simonton fez uma visita a Kalley. Depois, escreveu em seu Diário:
“Tive uma conversa com o Dr. Kalley. Ele insiste em que eu me mova em segredo. Julga que seria melhor que as sociedades que mandam missionários para países papistas tivessem fundos operacionais secretos. Não posso concordar com ele. Minha presença e meus objetivos aqui não podem ficar escondidos. Portanto, minha esperança está na proteção divina.”
Simonton era um rebelde contra o império e suas leis. Não se dedicou a proclamar o evangelho somente a ingleses e norte-americanos. Aprendeu a falar português. Deu início a seu ministério em português com uma escola dominical para crianças, em 28/4/1860.
Não se escondeu das autoridades para garantir sua segurança. Procurou visibilidade. Fundou até um jornal, Imprensa Evangélica, para anunciar o evangelho aos brasileiros.
Sua atuação contribuiu para minar o governo imperial, que caiu pouco depois, em 15/11/1889, com a implantação de uma república laica. Comprovadamente, o evangelho tem séria implicações políticas.
Rev. Gerson Correia de Lacerda
Editor e revisor de O Estandarte
Pastor auxiliar da 1ª IPI de Osasco, SP
Secretário Geral da IPI do Brasil
Desejo receber essa maravilhosa e instrutiva revista…meus avós maternos e paternos e foram todos Presbiterianos e meus descendentes continuam frequentando as Independentes ou Batistas.
Prezado irmão Dirceu!
A partir deste ano, estamos disponibilizando os números online.
Fique à vontade para navegar por aqui.
Deus o abençoe!
Também gostaria de saber mais sobre a história da igreja no estado de São Paulo,sobre Roldão Trindade Ávila e Virgílio Trindade Ávila da cidade de Torre de Pedra e Guareí?
Pra que usar a palavra rebelde? Condenada por Deus em sua palavra.
Não erra quem faz a vontade do Pai! Simoton não era rebelde, muito pelo contrário, ele era submisso e legal, fazendo a vontade de Deus que está acima das leis humanas.
Ola meus trisavós foram fundadores da IPI na cidade de São Bartolomeu de Minas – Sul de Minas e gostaria muito de saber se tem algum registro deles nos “Estandartes” antigos.
Da minha avo Amelia eu tenho guardado quando fez 100 anos e saiu uma publicação e da Prima Noemia também.
Nossa familia a maioria esta na IPI ou IPB e seria uma honra pra mim poder ter algum manuscrito deles da época como também do meu tio Melanias Lange que foi pastor na IPI ate ser emérito.
Obrigada e aguardo